Maestro João Carlos Martins








A história do pianista João Carlos Martins certamente o eleva a um patamar raramente alcançado por outros músicos brasileiros no século XX. Em setembro de 1982, o exigente jornal “New York Times” se referia a ele como um dos maiores pianistas da atualidade. Já a revista “New York Magazine”, juntamente com o “Boston Globe”, ressaltavam o talento de João Carlos Martins, colocando-o como o mais excitante intérprete de Bach a surgir depois do legendário Glenn Gould.

Toda esta relação lírica tecida com o piano teve início aos 8 anos de idade, quando João Carlos Martins passou a estudar com o professor José Kliass. Após nove meses já se mostrava um virtuose, vencendo o concurso da Sociedade Bach de São Paulo. Ainda jovem, despertou a atenção de toda a crítica musical brasileira com suas performances únicas pela intensidade com que eram interpretadas. Aos 18 anos foi o único escolhido no Festival Casals, entre candidatos das três Américas, a dar o Recital Prêmio em Washington. A apresentação bem-sucedida teve como conseqüência sua estréia no “Carnegie Hall”, de Nova Yorque, patrocinada pela ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Eleonor Roosevelt.
A partir de então, passou a tocar com as maiores orquestrar americanas. E sua gravação de O Cravo Bem Temperado, de Bach, aos 23 anos, foi best-seller durante muito tempo nos Estados Unidos.

Em 1983, João Carlos Martins inaugurou o Glenn Gould Memorial, em Toronto, Canadá. Sua carreira teve como um dos pontos altos o fato de ter gravado a obra completa de Bach para teclado.

A paixão de João Carlos Martins pela música originou o documentário franco-alemão “Martins Passion”, vencedor de 4 Festivais Internacionais. E esta mesma paixão o fez iniciar a carreira de regente, após problemas que prejudicaram a mobilidade de suas mãos para a profissão de pianista.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/João_Carlos_Martins